domingo, 18 de julho de 2010

O Último Sonho

Esta noite tive um sonho, atrevido.
Dizia a uma das mulheres mais bonitas da terra, de curvas voluptuosas, inteligente e bem na vida, mas mal amada e doutras carências nada confortáveis:

"Silêncios não ouvirás.
Ouvirás as entranhas a chamar por mim, latejantes de desejo, ávidas de falo viril, alienadas de tesão!
Quanto tempo mais aguentarás esse estado por saciar?
Insatisfeitas, a tua alma curiosa e a tua carne têm vontade de aventura, de descoberta, de sensações arrepiantes.
Vem! Não te domines por receios! Dominada serás por mim, verás que bem!
Esses teus receios esmorecem ao primeiro beijo francês, bem molhado, com sabor a hortelã. Àquela forma de te possuir, de te lamber a passarinha, de te tocar a pele dos pés à cabeça, de te explorar caminhos menos visitados, quiçá virgens, entre outros xaropes das mil e uma noites...
Só nós dois - pelo menos desta vez - acompanhados pelo crepitar do fogo do deleite, entre conversas em forma de sussurros ardentes e copos de vinho tinto.
Mas não é para todas.
Só para mulheres privilegiadas, como tu."

Dei-lhe um beijo humedecido no pescoço, daqueles que a vestem com pele de galinha. Seria o prólogo de tudo o que lhe havia dito, provocado, prometido.
Mas eis que o sonho acaba e os olhos se abrem. Não me parece bem, acabar antes de começar. Também não é importante, não passa de um sonho, posso acabá-lo como bem me apetecer, sonhando acordado.
Na vida real pode não ser tão linear. Ou sim.
O sexo anda dissimulado, mas é provável que aconteça.

Um beijo raro,
Do teu Afonso.

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